Monday, March 19, 2007

The Long Blondes

I don't think I ever talked much about the club Vera here in Groningen. It's a pitty, because it's quite a cool club, and as a colleague of mine emphasizes, has a very prestigious hall of fame: Metallica, Pearl Jam, Nirvana, Red Hot, they all played there, back when they were unknown bands trying to make a name. The same colleage told me Vera is even known in Canada as a cool alternative music club. Groovy.

Well... I go there from time to time (but actually my friend Maya was the hard-core Vera addict), and I always see really good concerts there. The best concert so far was from a Dutch band called De Kift. Not The Gift, please... For those who don't know, The Gift is a portuguese band also very famous within the alternative music circle, but honestly I can't stand their music, despite having no clue why. It's just not my cup of tea. Anyway, De Kift, yeah, are indeed very cool.

But last Friday I went to see a concert of The Long Blondes. Britpop at its best. I liked the music, but disliked the associated crowd of heroine-chic wannabe teenagers that filled Vera, as if an MTV show had jumped out of the small magic square (where it is kept for everyone's safety) into real life! But everything washed away with a couple of beers and in the end the concert was very nice.

By the way, I think I'm becoming more and more dutch - ALERT, ALERT, danger!!! Signs of dutchness: cycling everyday and a sudden love for really bad beer. I now discovered the "fluitje" version (the same as a mini in Portugal) and it is giving me many joys, because I can actually finish it... :P

Sunday, March 04, 2007

Gone with the wind

Procuro um tema.
Não interessa qual, o objectivo é comunicar,
seja lá sobre o que for.
As palavras não são mais do que paredes falsas
para a emoção que quero expressar,
nem sei eu bem qual é…
É só um daqueles dias,
em que a vida parece ficar quieta, à espera que eu caia.
Ou pior ainda, sem nenhuma expectativa.
Às vezes parece que a vida desiste de nós,
e não o contrário.
Cruza os braços e abana a cabeça
em jeito de reprovação, como quem diz:
“É escusado… Mas porque é que eu ainda tento?“.
Vá lá, vida, não desistas de mim. Não ainda…
Prometo que ainda tenho coisas para te mostrar.
Grandes feitos para realizar. Ou não.
Talvez apenas feitos medianos e coisas banais,
mas são as minhas coisas
e tenho o direito de as viver.
Vai buscar grandeza a outra freguesia,
aqui levas somente o corriqueiro monólogo da solidão.
Esta parece ser a palavra-chave que define o ser humano…
Sós.
Fechados dentro de cada um de nós.
Intocáveis, invisíveis.
Indiferentes a tudo o que não seja nosso,
ainda que só por extensão de sentimentos.
Gritamos para que nos ouçam
e não percebemos o que nos dizem
devido ao ruído que tantas vozes juntas fazem.
As palavras, perdem-se no espaço e no tempo.
Verdadeiros veículos virtuais,
assobiam ao meu ouvido
como moscas, zumbindo, zumbindo,
para desaparecer de vista logo em seguida.
Perco-lhes o rasto. Não vale a pena tentar apanhá-las.
De qualquer forma, a nossa recordação
seria sempre uma interpretação
possivelmente torta do que nos queriam dizer,
gritando, por isso mais vale esquecer,
deixar a mosca voar e cair em alguma sopa
mais nutritiva que o nosso cérebro.
Importantes, importantes, são os actos,
o que fazemos.
Isso sim, deixa marcas. Isso sim, é perene.
Estas palavras que escrevo aqui,
leva-as o vento. Ou levaria,
se houvesse vento a passar pelo meu computador.
Esta é a maior patranha do homem,
a escrita.
Uma tentativa de fazer parecer
sério e duradouro algo que é apenas ficção.
Acreditam em mim?
Olhem que é melhor não...